Lavadeiras do sertão

Com suas trouxas na cabeça

Lá vão elas todas cantando

As lavadeiras à cachoeira.

É momento de reunião

Contam seus causos

Diminuem sua aflição.

É preciso animação...

Fazer uma cantoria:

“Poeira... Poeira do meu sertão!”

A roparada lavada

Branquinha!Com sabão de cinza

Essas águas abençoadas ainda são limpas.

Mariquinha, Sinhá Joana,

Dona Ormenzinda e Nhá Chica

Amigas de verdade; esse rio sabe.

Estas corredeiras são testemunhas,

De estórias sem fim

Tristezas e alegrias passaram por aqui.

Que maravilha seria...

Estampar nestas águas

A alegria que vivi.

E num movimento rápido

Levar as tristezas correnteza abaixo

Restando só...Felicidade em maio.

As noivas preparam seus vestidos

No mês das noivas há muito casório

Lavar as vestes no rio dá sorte!

É da renovação das águas

Que se limpam as pedras

E preparam o coração.

Para um novo dia...

Um novo encontro...

Nova prosa; novo encanto.

Das lavadeiras deste rio

Que tenho apreciação

De um colosso de risadas... Isso é muito bão!

Que destas corredeiras que aqui passam;

Tenho boa recordação

Obrigado lavadeiras por fazerem parte das coisas do sertão!

LUCIANO MOREIRA
Enviado por LUCIANO MOREIRA em 08/06/2010
Reeditado em 22/07/2012
Código do texto: T2307909
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