Lavadeiras do sertão
Com suas trouxas na cabeça
Lá vão elas todas cantando
As lavadeiras à cachoeira.
É momento de reunião
Contam seus causos
Diminuem sua aflição.
É preciso animação...
Fazer uma cantoria:
“Poeira... Poeira do meu sertão!”
A roparada lavada
Branquinha!Com sabão de cinza
Essas águas abençoadas ainda são limpas.
Mariquinha, Sinhá Joana,
Dona Ormenzinda e Nhá Chica
Amigas de verdade; esse rio sabe.
Estas corredeiras são testemunhas,
De estórias sem fim
Tristezas e alegrias passaram por aqui.
Que maravilha seria...
Estampar nestas águas
A alegria que vivi.
E num movimento rápido
Levar as tristezas correnteza abaixo
Restando só...Felicidade em maio.
As noivas preparam seus vestidos
No mês das noivas há muito casório
Lavar as vestes no rio dá sorte!
É da renovação das águas
Que se limpam as pedras
E preparam o coração.
Para um novo dia...
Um novo encontro...
Nova prosa; novo encanto.
Das lavadeiras deste rio
Que tenho apreciação
De um colosso de risadas... Isso é muito bão!
Que destas corredeiras que aqui passam;
Tenho boa recordação
Obrigado lavadeiras por fazerem parte das coisas do sertão!