Lambe-lambe

Um dia...

Me lembrei de você

Corri até a velha caixa

E num pequeno binóculo te encontrei.

Era época de festa

Dias de pagar promessas

Atravessei a passarela

E no largo da matriz te avistei.

O quitute estava de lamber os beiços

O sorvete um favo de mel

E, num sorriso maroto,

Fotografia fomos tirar.

Foi de uma lambe-lambe

Que sua recordação ficou...

Guardada na memória

Num dia quente de muito sol.

Espero que estejas bem

Em sonho sinto seu amor

Muitas cartas te escrevi

Porém, sem resposta fiquei.

Estou aqui...

Sempre a te esperar...

Aqui nessa pracinha,

Nada mudou.

No coreto ainda tocam bandas

No chafariz a água jorra

Bolinhas de gude...

Alegram as crianças na praça.

Seu Tico Lambe-lambe já não vive mais

A ele, tenho eterna gratidão

Graças a seu talento

Tenho o registro do meu grande, eterno e único amor.

LUCIANO MOREIRA
Enviado por LUCIANO MOREIRA em 11/02/2010
Reeditado em 21/03/2011
Código do texto: T2081931