Saudade

Sentado à beira do sopé

Ouvindo o cantar do macuco

Ao longe a serração cobre o morro

E morro... De saudade.

Saudade da minha infância

Lembranças... Que se misturam

Queria poder correr...

Queria poder tocar...

Tocar a terra vermelha.

Sentir... O cheiro da relva

Ver... O tucano sobre a embaúba

Correr... Em volta da lagoa

Viajar... No céu estrelado do sertão.

Assim... Sinto saudades do fazendão

Esquentando o frio à beira do fogão

Colocando a lenha...

Cozendo quirera com feijão

Ouvindo os causos do saci e do andante e rindo da situação.

É a simplicidade do homem do campo

Que com tanta dedicação

Lavra a terra com zelo

Garantindo o ganha pão.

Um dia prometo voltar

a minha terra acolhedora

E com grande satisfação

Abraçar todos os antigos amigos, dizendo:

“Qui sardade, meu ermão!”

Obrigado sertão...

Saudades boas sempre é “bão”

Chorar de felicidade traz recordação

Minha saudosa terra: te amo de coração!

LUCIANO MOREIRA
Enviado por LUCIANO MOREIRA em 10/02/2010
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T2080307
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