Saudade
Sentado à beira do sopé
Ouvindo o cantar do macuco
Ao longe a serração cobre o morro
E morro... De saudade.
Saudade da minha infância
Lembranças... Que se misturam
Queria poder correr...
Queria poder tocar...
Tocar a terra vermelha.
Sentir... O cheiro da relva
Ver... O tucano sobre a embaúba
Correr... Em volta da lagoa
Viajar... No céu estrelado do sertão.
Assim... Sinto saudades do fazendão
Esquentando o frio à beira do fogão
Colocando a lenha...
Cozendo quirera com feijão
Ouvindo os causos do saci e do andante e rindo da situação.
É a simplicidade do homem do campo
Que com tanta dedicação
Lavra a terra com zelo
Garantindo o ganha pão.
Um dia prometo voltar
a minha terra acolhedora
E com grande satisfação
Abraçar todos os antigos amigos, dizendo:
“Qui sardade, meu ermão!”
Obrigado sertão...
Saudades boas sempre é “bão”
Chorar de felicidade traz recordação
Minha saudosa terra: te amo de coração!