Recanto caipira

A noite desce serena

Com o sereno a paz na palhoça

O lume é a luz da lua

Clareando a treva espantosa.

A alvorada tem cheiro de orvalho

E o gorjeio dos velhos galos

Que se despe de qualquer receio

Despertando o povoado.

O medo é conto cantado

No dedilho de um trovador

É prosa pra manter as crianças

Afastadas do corredor.

O ar se respira das matas

Que cerca a grande choupana

O verde causa inveja

Ao cinza que vem na distancia.

O bronze se ganha no cabo

Que puxa terra e terrões

Também na rocha da encosta

Quando se banha no ribeirão.

Neste recanto não existe enchente

Aqui se conhece as cheias

É o rio buscando refugio

No momento, que o arroz cacheia.

Voz que mora na cidade

E um dia aqui morou

Sabe que não digo vantagens

Das vantagens de quem ficou.

...........” Catarinon Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 28/01/2010
Código do texto: T2056986
Classificação de conteúdo: seguro