PROSANDO

- Boa noite compadre!

- Boa noite “cumpadi”

- terminei de fazer um café

Quer um gole compadre?

- “Oxenti, ainda “pregunta”?

Sento-me no terreiro da casa

E rememoro cenas passadas

Das pescarias, das caçadas

Me lembro da boiúna,

- Êta cobrona “arretada!”, media um “otenta” metros

O compadre ao lado pensa:

... Vixe Maria, qui mentira danada!

Sorvo um gole de café quente

Queimo a língua, coço a garganta

E continuo meio desconfiado

A enfileirar mais um monte de mentiras...

Nota: este poema fez parte da Peça teatral “ O CANTO DA GENTE” de minha autoria com parceria de Diva Luiz.

Beto Alves
Enviado por Beto Alves em 27/10/2009
Código do texto: T1889809
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