Sertão dominical
Fugindo do braseiro ardente
De madeira incandescente
Escapulindo pelo ajuntado de barro
No pequeno fogão a lenha
Espalha-se a fumaça inodora
Por nosso gigante espaço
Um aroma matinal
Café rebolindo na chaleira
Desperta a meninada
Os pequenos de chupetas
Os maiores de avental
Riso, gritos, reboliço...
Desde a estreita cozinha
Até o alargado quintal
O galo estrala num canto
Levando o galinheiro ao espanto
No curral, mugidos do boi sabá.
O sol ainda boceja
Preguiçoso! Desperta de traz dos montes
Raiando de luz, o arraial.
É tempo de falar do tempo
Sonorizar os instrumentos
Afinar a viola de cedro
É tempo de compadre, de comadre,
Discutir o que farão do dia
Vestir - sem de visita, ir passear,
Ou ficar quebrar o milho verde
E preparar um curau...
...
...........” Catarino Salvador “.