SERTANEJA DE FÉ
A foice cortava o mato,
Rasgando sem cessar,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup.
Uma camisa branca e rota,
O suor derramado no rosto,
O menino brincando,
Lá no meio da roça.
A foice cortava o mato,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup.
O sol sem dó lança fogo,
Enquanto a mãe trabalha,
No meio do matagal,
A foice grita, geme, range,
Vap, vup, vap, vup,
Vap, vup, vap vup.
O menino debaixo do paiol,
Coberta de palha de babaçu,
Mete a mão na farinha.
E diz:
- Mãe, tô com fome!
- Mãe, vou comê!
No meio do mato,
A foice corta, corta o mato,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup,
A mãe responde:
-Come menino esfomeado!
-Parece que nasceu na seca do sete!
-Igualo teu tio varado!
O menino abre a cabaça,
Derrama água no copo,
Que serviu um dia de água mineral,
E que ele nunca bebeu.
O menino brinca sozinho,
A mosca revoa,
Borboletas e mosquitos,
Sobrevoam o habitat,
Lagartas residem nas folhas,
E formigas sobem e descem,
Conversando umas com as outras,
Dizendo que tem um menino,
Naquelas proximidades.
A foice não pára de cortar,
Nas mãos calejadas da sertaneja,
Vap, vup, vap , vup,
Vap, vup, vap vup.
O sol paira no centro da cabeça,
A mulherzinha não descansa.
- Adonde tu tá fiin?
- tô aqui mamãe.
A cascavel passa lentamente,
Atrás de uma presa,
Mira no menino brincando,
E nem se importa com ele.
O Pitangus sulphuratus gorjeia,
Nas últimas palhas da palmeira,
Bem-te-vi, bem-te-vi, bem-te-vi,
E logo a tarde chega,
Lá se vai a grande família!
A cabaça vai ao sacolejo,
O sol já vai se escondendo,
A foice é jogada no ombro,
E logo a tarde chega.
D.R.A
A foice cortava o mato,
Rasgando sem cessar,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup.
Uma camisa branca e rota,
O suor derramado no rosto,
O menino brincando,
Lá no meio da roça.
A foice cortava o mato,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup.
O sol sem dó lança fogo,
Enquanto a mãe trabalha,
No meio do matagal,
A foice grita, geme, range,
Vap, vup, vap, vup,
Vap, vup, vap vup.
O menino debaixo do paiol,
Coberta de palha de babaçu,
Mete a mão na farinha.
E diz:
- Mãe, tô com fome!
- Mãe, vou comê!
No meio do mato,
A foice corta, corta o mato,
Vap, vup, vap vup,
Vap, vup, vap vup,
A mãe responde:
-Come menino esfomeado!
-Parece que nasceu na seca do sete!
-Igualo teu tio varado!
O menino abre a cabaça,
Derrama água no copo,
Que serviu um dia de água mineral,
E que ele nunca bebeu.
O menino brinca sozinho,
A mosca revoa,
Borboletas e mosquitos,
Sobrevoam o habitat,
Lagartas residem nas folhas,
E formigas sobem e descem,
Conversando umas com as outras,
Dizendo que tem um menino,
Naquelas proximidades.
A foice não pára de cortar,
Nas mãos calejadas da sertaneja,
Vap, vup, vap , vup,
Vap, vup, vap vup.
O sol paira no centro da cabeça,
A mulherzinha não descansa.
- Adonde tu tá fiin?
- tô aqui mamãe.
A cascavel passa lentamente,
Atrás de uma presa,
Mira no menino brincando,
E nem se importa com ele.
O Pitangus sulphuratus gorjeia,
Nas últimas palhas da palmeira,
Bem-te-vi, bem-te-vi, bem-te-vi,
E logo a tarde chega,
Lá se vai a grande família!
A cabaça vai ao sacolejo,
O sol já vai se escondendo,
A foice é jogada no ombro,
E logo a tarde chega.
D.R.A