CANTIGA DE PASTOREIO

Deitado na lama do curral

Bebendo água da chuva

Olhando a teta da vaca

Ali é o circo de Ursula

Eu quero o medo todinho

Porém, o medo não me quer!

Eu quero o vento que sinto

Vento, venta e saia da mulher

Venta de boi, twist e seus filhos

Bezerro salame a carne fresca

Memória de um pastoreio

Na roda de um carro de boi

Eu quero o medo

Porém, o medo não me quer!

Eu amo o vento

Que esvoaça cabelo e mulher

Agora é tempo marca boi e marca boiada

Montagem no pêlo serena

Arado sujo escravo na madrugada

Seguindo a trilha semente aperreada

Eu quero o medo

E o medo não me quer

O pouco é menor e menor é o moderno

Na maciez de uma cortez mulher

Seu corpo ao entorno virá

Será loucura em casa

Vista de cima é um rio

Alagoas, lagoa de asas

Eu quero o medo

Porém, o medo não me quer!

A noite é toda formosa

Viva a doçura da mulher

MOISÉS CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 01/06/2009
Código do texto: T1626366
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