INLETRADO
Encontrei um cabra macho.
Lá das bandas do sertão.
Quando perguntei seu nome:
__Não sei respondê ,não!
__Num fui pulíticu currupitu,
Nem popraganda inganosa falei.
Fui cabra justo, te juro.
E nessa inrascada intrei.
__Num fui home disonrado,
Tive brio e valentia.
Servi bem minha famia,
e meus fio induquei.
Prá livrá eles do má,
De doutor, inteligente.
Não tem consideração,
com a gente.
Apareceu um Mané,
com um tar de Aluiso,
Cabras ruim e sem juízo,
O meu nome imprestei...
Aì, laranja virei.
___Num fui nium coitado.
Meu sálario difendi...
Meu carátir não pirdi.
Fui hôme de brio,sim!
Só não fui parà cadeia,
Por que conta deles dei.
Por isso, minha sinhá,
Nem meu nome sei falá.
Meu amigo e grande poeta, Aimberê Engel Macedo, completando
o desfecho do acontecido. Obrigada!
"Pra pulíticu infrentá
Só um cabra assim sem nome,
Que a pexera faz furá
A barriga desses hôme.''