A mulher do patrão...
A danada só tem trinta anos...
O perfume avisa quando ela “tá“ chegando...
Entrega o chapéu pra eu guardar,
Dá sempre um jeito de esbarrar,
Pede desculpas dando um jeito
De passar a mão no meu peito...
Essa mulher quer me enredar...
Pede “por favor” olhando tudo na gente,
Sempre traz um presente
Com a desculpa que era coisa sem uso,
Ela quer mesmo é me deixar confuso...
Hoje que o patrão viajou
A “bençoada” parece que pirou!
Me mandou selar os cavalos e levar ela no açude...
Ah, Juvenal... Vê se não se ilude...
A coisa “tá” ruim, no galope ela perguntou pra mim
Insinuando se vou ficar solteiro até quando...
Ela “tá” com arte, logo que desmontou pediu
Pra eu ficar de costas...
Hoje eu quebro a promessa e perco a aposta...
Quando viro, não acredito! Ela não trouxe maiô,
“Tá” de lingerie, a coisa se “danô”!
- Licença patroa que eu vou amarrar os “cavalo”...
- Deixe disso que eu sei que o teu apelido é galo!
- Dona... Cuidado que eu não resisto!
- Vem, que eu sei que você gosta disso...
Depois desse dia continuo solteiro,
Só não continuo sozinho...
Tenho até prata no meu isqueiro,
Divido o tempo entre a lida e caminho
Das águas daquela lagoa
Onde tomo banho gelado
Pra apagar o fogo da minha patroa...