Ópera dos interior.
Ópera dos interior.
Começam os acordes do velho acordeão,
Em leque que brinca de abre e fecha.
Entra junto, a melodia simples da rabeca.
Que chora feliz fora do ombro.
Nesse momento se inicia a ópera em uivos tristes.
Da terrível dor, que faz o “tíu” latir.
Falta ritmo! Falta um batido.
E começa escondido o ritmo proibido
De um triângulo amoroso.
Ela, ele e ele; e às vezes ele, ela e ela.
Assim a dança começa,
Sem ter hora de nunca acabar.
Apeia do cavalo o coronel
Que manda calar o “tíu”.
Aos pouco o ritmo diminui.
Separando aqueles vértices.
Acordeão e rabeca,
Isto é casal comum.
Não dá dança, e acaba a festa.
Jaak Bosmans 2 -11- 2008