Poeta do Pantanal

POETA DO PANTANAL.

(Paulo Teodoro Oliveira)

Estes versos são singelos...

Assim como o meu coração!

Como a pureza do amarelo

Ipê do meu sertão.

Flui em mim...

Como os rios que cortam o chão,

Qual perfume dos jasmins

E o trotar do meu alazão.

Sou um poeta que se inspira

Do sereno matinal...

Sou moreno sou caipira,

Sou filho do pantanal.

Onde os campos são floridos

E a natureza por si se faz,

Que saudade dos seus risos,

Dos seus ricos mananciais.

Oh verde soberano

Que contrasta o céu azul,

Espere-me, estou chegando,

Venho rever meu tuiuiú.

Quero pisar o chão batido

Da minha saudosa cabana,

Rabiscar meus versos, libertar meu choro contido

Ás margens do rio Aquidauana.

Contemplar a garça branca

A gorjear no imenso céu,

Caminhar sobre os cipós em forma de trança

Que seguem formando aliança abraçando o vergel.

Sou amante destas matas

Que um dia me viu nascer,

Sob a sombra verdejante

De um rico entardecer.

Teodoro Poeta
Enviado por Teodoro Poeta em 26/10/2008
Código do texto: T1249686
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