Poeta do Pantanal
POETA DO PANTANAL.
(Paulo Teodoro Oliveira)
Estes versos são singelos...
Assim como o meu coração!
Como a pureza do amarelo
Ipê do meu sertão.
Flui em mim...
Como os rios que cortam o chão,
Qual perfume dos jasmins
E o trotar do meu alazão.
Sou um poeta que se inspira
Do sereno matinal...
Sou moreno sou caipira,
Sou filho do pantanal.
Onde os campos são floridos
E a natureza por si se faz,
Que saudade dos seus risos,
Dos seus ricos mananciais.
Oh verde soberano
Que contrasta o céu azul,
Espere-me, estou chegando,
Venho rever meu tuiuiú.
Quero pisar o chão batido
Da minha saudosa cabana,
Rabiscar meus versos, libertar meu choro contido
Ás margens do rio Aquidauana.
Contemplar a garça branca
A gorjear no imenso céu,
Caminhar sobre os cipós em forma de trança
Que seguem formando aliança abraçando o vergel.
Sou amante destas matas
Que um dia me viu nascer,
Sob a sombra verdejante
De um rico entardecer.