Meu Cerrado
Depois que a chuva passa,
Do chão levanta fumaça,
Nesta terra aquecida.
A água formando bolhas,
E pingo d’água nas folhas,
Das árvores verdes e floridas.
Estas árvores torcidas,
Jamais serão esculpidas,
Ninguém tem a doce magia.
O adorno da natureza,
E a cópia desta beleza,
Mãos de escultor não criam.
Às vezes fico parado,
Olhando o campo molhado,
Aí me vem na lembrança.
Do araçá, pequi, guabiroba,
A saudade se redobra,
Dos meus tempos de criança.
Pulando dando bicada,
Ciscando a terra molhada,
Carcará, siriema e gavião.
Longe da maldade dos homens,
Tranqüilos matando a fome,
Catando insetos no chão.