Um minuto na Varanda
Na varanda eu descanso
Na minha cadeira de balanço
Ouço a Ave-Maria
Quando a noite vai chegando
Já fico pensando
No raiar do outro dia.
O gado tranqüilo rumina
Deitado na poeira fina
Do esterco no pátio espalhado
O sereno vai caindo
Um cheiro vou sentindo
É o cheiro de esterco molhado.
Olho a semente brotando
Para o céu apontando
Arroz, milho, feijão
Meu sorriso de matuto
Quando vejo gerar fruto
Plantado por minhas mãos.
Obrigado minha natureza
Por todas estas belezas
Desta terra verdejante
Perdoa este teu filho
Ignorante e Vadio
Que te depreda todo instante.