Um minuto na Varanda

Na varanda eu descanso

Na minha cadeira de balanço

Ouço a Ave-Maria

Quando a noite vai chegando

Já fico pensando

No raiar do outro dia.

O gado tranqüilo rumina

Deitado na poeira fina

Do esterco no pátio espalhado

O sereno vai caindo

Um cheiro vou sentindo

É o cheiro de esterco molhado.

Olho a semente brotando

Para o céu apontando

Arroz, milho, feijão

Meu sorriso de matuto

Quando vejo gerar fruto

Plantado por minhas mãos.

Obrigado minha natureza

Por todas estas belezas

Desta terra verdejante

Perdoa este teu filho

Ignorante e Vadio

Que te depreda todo instante.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 29/07/2008
Código do texto: T1102797
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