Rio de Zefinha

Absorta Zefinha marcha na trilha do rio.

Tordilha no coco, pés descalços

Corpo esquelético, e pernas de ema

Passadas gigantes, ligeiras, depressa.

Lá vem Zefa pro rio

Tordilha no coco

Murmurando um gemido

De beiço esguio

De zóio truncado

Quieta Zefinha marcha na trilha do rio.

Tordilha no coco, pés descalços

Corpo esquelético, e pernas de ema

Passadas gigantes, ligeiras, depressa.

Esperta manga de si na pedra molhada

Faz panca , e finge que lava

Se torce, se enxerga na água

Enrola os cabelos, cantarola miúdo.

Lá vai Zefinha do rio

Tordilha no coco

Cantarolando de novo

De beiço pintado

E de zóio aluado

Quieta Zefinha marcha na trilha do rio.

Tordilha no coco, pés descalços

Corpo esquelético, e pernas de ema

Passadas gigantes, ligeiras, depressa.

Lá vem Zefa pro rio

Tordilha no coco

Murmurando um gemido

De beiço esguio

De zóio truncado

Esperta manga de si na pedra molhada

Faz panca , e finge que lava

Se torce, se enxerga na água

Enrola os cabelos, cantarola miúdo.

Lá vai Zefinha do rio

Tordilha no coco

Cantarolando de novo

De beiço pintado

E de zóio aluado

ANA MARIA MARUGGI
Enviado por ANA MARIA MARUGGI em 18/06/2008
Código do texto: T1039904
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