A FLOR PRIMAVERIL

Núbio céu, fora assim aos Atlantes?

Vespertino, cedo cobre o rosto o Sol

Inda cantava o rouxinol

Alentando os beijos dos amantes!

Teu brado Poseidon – Ondas revoltas

Que antes beijavam das Divas tornozelos

Nas areias sirenas caídas em desvelos

Levadas, em teus braços envoltas!

Deixai porém, da Terra Suntuosa

Os deslumbres de Platão

Que suspirava em alusão

A Levitas, néctar à alma ciosa!

Leva o ouro, leva a prata!

Mas clemência a essa paixão ingrata

Se junto ao mar for em torvelinho...

... A Flor Púbere, paixão que eclode

Lírio que velei na Ode

E Platão ocultou do pergaminho!

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Observação

1 - “Levitas” - Cantoras, em geral juvenis (conhecidas como pequenas levitas)

3 - “Flor Púbere” - Está no sentido de “juvenil, primaveril"

O texto retrata as mulheres de Atlântida, continente perdido, o qual Platão tão bem descrevia!

Fala de uma hipotética onda enviada por Poseidon, que arrebatada toda a população, e dentre todos, a "Flor Primaveril" , oculta por ele e "calada", na voz das Odes!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 09/03/2025
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