O Canto dos Imortais

Ergam-se os ventos, que bradam nos montes,

Rugindo histórias de tempos passados,

E os rios, que correm dos altos horizontes,

Lavem as lendas dos sonhos sagrados.

Pois eis que a vida forja em aço

Os corações que ousam lutar,

E cada sombra, e cada espaço,

Ecoa o nome dos que hão de ficar.

Nos campos vastos onde heróis marcharam,

Sob o clarão de um céu sem fim,

Os ecos vivos que ali ficaram

São feitos de fogo, de glória e de mim.

Que a morte venha, que o tempo grite,

Nada desmancha o que foi eterno,

Pois mesmo em cinzas, a alma insiste

E ergue-se altiva no solo interno.

Cantem os bardos, soem os hinos,

Gravem na pedra o que foi real,

Pois todo aquele que fez destino

Nunca será um nome banal.

E assim seguimos, de sol em sol,

Tramando histórias nos vendavais,

Até que um dia, num arrebol,

Sejamos nós… os imortais!

Gustavo Salesse
Enviado por Gustavo Salesse em 07/03/2025
Código do texto: T8279898
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