Reverência, ainda que tardia

Seja eu, pois, senhora

Refém dos seus caprichos

E que, sabedor de seus íntimos segredos,

Prometo, senhora,

Anunciar a plebe

O quanto és,

Caprichosa e vingativa

Todavia, assim como, Cleópatra fez do Egito seu reino

Será a senhora majestade nessas terras

Esquecidas, mas sob seu véu

Será coroada de grandeza

Teu capricho, mais que um excesso de desejo

É a certeza do quanto desejas o triunfo

Então, senhora,

Segue

Que o mundo saberá reverenciá-la

E, àqueles, camuflados

Nos esconsios vis dos covardes, de ti não terão o perdão

Àqueles que lhe infringiram ofensas vis,

Não lhes faltará o golpe corretivo, Senhora

És, pois,

A guardiã dos mais belos e duradouros frutos que habitarão nossa terra

E se Vênus se compraz frente a sua excelsa beleza

Quem será ousado em não seguir a deusa no mesmo gesto de reconhecida admiração

Ah, Senhora, de todas a mais admirada e temida

Pois que, junto de tua beleza

Também se tem a mão forte

Que empunha a espada

Quem és tu, ó, Senhora

Que por vários nomes lhe rogam préstimos e oferendas

Todavia, o nome mais simples

Faz-la admirada e reconhecida

O mais belo de todos os nomes

Justiça!