A Balada da Dama e o Cavaleiro
Nos tempos de outrora, ao luar,
Um cavaleiro surgiu na colina,
Sua armadura a brilhar,
Em busca da dama divina.
A torre erguida no alto,
Guardava um segredo antigo,
Lá estava, em profundo asfalto,
O amor que selava o perigo.
A dama de olhos brilhantes,
Cativa de um feitiço cruel,
Esperava, entre lágrimas constantes,
O herói que romperá o véu.
Com espada em punho, destemido,
O cavaleiro enfrentou a escuridão,
Dragões, feras e sombras, vencido,
Pela força de sua paixão.
Cada passo, um desafio,
Cada golpe, uma promessa,
No peito, o fogo bravio,
Que todo temor dispersa.
Chegando à torre sombria,
O amor pulsando em sua alma,
Viu a dama em melancolia,
E o vento trouxe-lhe a calma.
"Meu cavaleiro, salvador,
Quebraste as correntes do medo,
Agora juntos, no amor,
Seguiremos o mesmo enredo."
A noite cedeu ao alvorecer,
O feitiço quebrou-se ao toque,
E o cavaleiro pôde ver,
Nos olhos da dama, o enfoque.
Caminharam, então, lado a lado,
No reino de sonhos e flor,
Onde o tempo, sagrado,
Conserva o eterno amor.