Adeus
Adeus...
este adeus é reticente
este guarda a promessa
como no ventre
que assanha
então, toma as rosas,
toma conta até a minha volta.
os meus pés não querem andar,
o meu corpo reluta para ficar,
mas tenho de ir matar
fingindo cuidar
a mim digo que irei para vos cuidar
enraivecido, triste, feliz tenho de matar
dá-me as rosas que eu guardo,
naquele canto,
fingindo ser vaso
lá junto daquele bocado de saudade
daquela esperança sem vaidade
ansiando a volta do homem fadado
que se perdeu naquele campo
não serei quem partiu... adeus.
te via a todos os dias
hoje vejo a saudade nos dias
conto as horas
conto as histórias
conto a ti, nas minhas memórias
sem fim conto alegorias
saudades, apenas saudade a vigorar
um dia vou voltar
não sei como voltar,
os meus pés não sabem caminhar
digo mais uma vez adeus...
sem as Rosas, só com as flores
Margaridas, Orquídeas
velhos amores
apenas flores
com canhome e os odores
e vários, vários pudores
os meus pés não sabem caminhar
com traumas, com tudo de homens
sou um machista, troglodita
mais sem amores
porque tu e ela são os meus amores