Adeus

Adeus...

este adeus é reticente

este guarda a promessa

como no ventre

que assanha

então, toma as rosas,

toma conta até a minha volta.

os meus pés não querem andar,

o meu corpo reluta para ficar,

mas tenho de ir matar

fingindo cuidar

a mim digo que irei para vos cuidar

enraivecido, triste, feliz tenho de matar

dá-me as rosas que eu guardo,

naquele canto,

fingindo ser vaso

lá junto daquele bocado de saudade

daquela esperança sem vaidade

ansiando a volta do homem fadado

que se perdeu naquele campo

não serei quem partiu... adeus.

te via a todos os dias

hoje vejo a saudade nos dias

conto as horas

conto as histórias

conto a ti, nas minhas memórias

sem fim conto alegorias

saudades, apenas saudade a vigorar

um dia vou voltar

não sei como voltar,

os meus pés não sabem caminhar

digo mais uma vez adeus...

sem as Rosas, só com as flores

Margaridas, Orquídeas

velhos amores

apenas flores

com canhome e os odores

e vários, vários pudores

os meus pés não sabem caminhar

com traumas, com tudo de homens

sou um machista, troglodita

mais sem amores

porque tu e ela são os meus amores

Maks Flock UD
Enviado por Maks Flock UD em 16/01/2025
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