ACHEM O SUJEITO, ELE PULSA

 

Os sujeitos ocultos

eles, elas, os, as,

sempre estiveram pelos telhados

e nas linhas deste poeta

 

Na tua

Pelas ruas

Nas línguas nuas

adjetivos vestem meus versos

tão vivos quanto meus dedos afoitos

 

Leiam, releiam-me e encontrem-os

nada tão distante que não possam vê-los

nos afagos

nos transeuntes

ou pelas tantas sombras da escrita

lá no fundo das páginas

 

Não são tão visíveis

nem fáceis

Estão por aí

enquanto alguns dormem na ignorância

 

São a imensidão

a força da gravidade

Eu os sustento

indomáveis

 

Recebo-os pela porta da frente

E, nesta arquitetura

são a beleza das palavras

e tinta da minha fome

 

Na costura

pulsam na minha tempestade

Vocês que os achem!

Que me aturem!

Cícero Bizzuka
Enviado por Cícero Bizzuka em 15/01/2025
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