Tempo
Tempo
Cardoso I .
Nem sempre o tempo vai avisar quando vier,
As vezes vem como quem não quer nada,
Nos engana,
Nos embala.
E como um ato surpresa,
Ele sempre chega.
As vezes para mudar destinos,
Em outras para traçar caminhos.
A verdade é que o tempo
É um mestre exigente
Que pune homens descrentes
De que ele vem e vai.
Ele sempre dar sinais!
As vezes na pele enrugada,
As vezes na fala falhada,
Ou no último dos suspiros,
Embora se contradiza no corte do cordão próximo ao umbigo.
O tempo é o senhor da vida e da morte.
Pode trazer azar ou sorte,
Embora sejamos espertos,
O tempo sempre está certo.
Não há como driblar seus efeitos,
E nem retardar os anseios
De quem espera atencioso ou despercebido
O vai e vem desse senhor amigo.
Tempo, não há outro como tu,
Que faz reboliço onde tem vida,
Deixando todos na expectativa
De quando será teu próximo passo.