O Mago do Circo Estrelado

Sob a lona rubra do circo errante,

Noite após noite, em luz tremulante,

Surge o mago, de capa encantada,

Com seus feitiços, a plateia assombrada.

 

Seus olhos brilham com o fogo das eras,

Enquanto invoca as estrelas quimeras,

Criaturas mágicas dançam no ar,

Sob seu comando, começam a brilhar.

 

Dragões cintilantes e fadas de névoa,

Circulam no vento, como flocos de névoa.

Gigantes adormecem sob seu poder,

E a lua se curva ao seu bem-querer.

 

Cada passo, um segredo, um véu revelado,

O tempo se dobra no circo encantado.

Entrelaçado em sombras e luzes, está

O mago que brinca com o verbo e o olhar.

 

Seu cajado retumba, ecoa o trovão,

E seres esquecidos surgem da imensidão,

Levam o circo por mares e montes,

Guiados pelas estrelas e fontes.

 

Mas em seu peito, oculta verdade,

Há mais que feitiços, há a saudade

De um reino distante, perdido, quebrado,

Que ele busca nas noites do circo dourado.

 

E assim o mago segue vagante,

Com o circo, seu lar, seu fado errante,

Desenhando destinos nas noites estreladas,

Um mestre de magias e almas encantadas.

 

 

Nêrilda Lourenço
Enviado por Nêrilda Lourenço em 13/10/2024
Reeditado em 16/10/2024
Código do texto: T8172674
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