Destino
Amoras rubras em sangue
Magoam as bocas dos amantes
No véu das estrelas que velam
Amores em infelizes tramas.
Píramo e Tisde punhal da noite
Sangram aos pés da névoa branca
Sujando de amor a morte,
Das raízes às copas, alvejantes.
Beijam-se pelas frestas
Dedicam-se palavras faustas
E enganam-se pela má sorte
Afogada pelo sangue dos amantes.
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*O mito de Píramo e Tisde é sobre um amor proibido, que termina em tragédia devido a um mal entendido. Os amantes se matam aos pés de uma amoreira, cujos frutos outrora eram brancos e acabam tingidos de vermelho, pelo sangue dos amantes.