Sexta-feira 13: Um dia qualquer?

Era o treze, o mês de setembro

Quando o mundo, em sopro lento

Despertava numa sexta sem vento

Num chamado profundo, violento

 

Nas sombras da história, o sol surgiu

Com raios dourados que o caos viu

Guerreiros erguiam-se, céus rugiam

Sob o mesmo céu onde anjos dormiam

 

Das nações, ergueu-se um clamor

O grito da terra, de dor e ardor

Homens marchavam, bandeiras no ar

Buscando justiça, querendo lutar

 

No leste, os mares em fúria bradavam

No oeste, as montanhas se ostentavam

Povos uniam-se em um só desejo

De paz e verdade, o mais alto ensejo

 

Cidades tremiam com passos ousados

Nações esqueciam rancores passados

Um pacto de sangue, um juramento

Treze de setembro, um só pensamento

 

Crianças sorrindo, o futuro a escrever

Poetas cantando o que viria a ser

E as mãos entrelaçadas em uma canção

De amor, de coragem, de redenção

 

Oh, treze de setembro, marco imortal

Que sela no agora um mundo ideal

Tu és o dia em que a história se faz

Um épico eterno, em nosso mês