Porões

Em porões imundos, contados uns contra os outros, sorriam de desespero.

No calor abdutor da caldeira, "embalava" seus bebês e assim, calados mantinham-se.

Mortos alguns...

A sobrevida dada, retirada logo em solo firme.

Separados, unidos, enclausurados.

Todos partiam e pouco se conheciam.

Inimigos naturais, vizinhos de tribos do sul.

Famílias formadas e apagadas.

Crianças pressas e outras estupradas.

Um caos...

Mas enfim, dada foi a liberdade.

Liberdade essa que não os deu vida.

Viviam a sobrevida, onde a sobrevivência não mensurava a quantificação dos atos monstruosos e atividades abusivas.

Sofridas por meninos, meninas, famílias, pessoas.

Eles eram alguém.

Chanceler crivo

Chanceler crivo
Enviado por Chanceler crivo em 20/02/2024
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