Os homens morrem no fim
E então se olhou no futuro
Espada Vorpal cortante
Constatou, fato bem duro
Pensou ser fábula Caroll
Mas foi inferno de Dante
Vestidos vestem cortinas
Homens, hímens, améns
Com saias futuras meninas
Quem sabe, talvez, poréns
Vermelhos roxos joelhos
Fogos de cinzas batinas
Das coisas novas que vem
A Alice que já bem sabe
O que há pra descobrir
Encontrou pobre coelho
Só pro pescoço partir
E se olhar no espelho
De riso criança ouvir
Bambolês anéis confundem-se
Na mente eternas prisões
A fábula esmoreceu
O brilho desapareceu
Trocou corcel por grilhões
Mas mesmo assim paradoxo
Um céu de opinião
Falava não sendo sim
Dizia sim sendo não
As nucas eunucas de afeto
Sabiam ser pão e circo
Tapinha nas costas e ceia
Pra ela miolo e areia
Fizeram bufão de rei
Achavam que ele era rico
Ela ele odebecia
O mundo dela era doxa
Um chão de nuvens criadas
Só dores e fantasia
Achando que era amor
Achando ser o que queria
Terror, de contos de fadas
Servindo a mesa do chá
Falava de ok e então
No longe o olho se esquece
Dá mãe, do filho, e irmão
Bebeu a pequenação
E quando se viu semente
Engoliu de novo o filho
Plantou-se em proteção
Comeu o de aumentar
Mas já era o que seria
Furar os olhos do gato
Era o que ela mais queria
E antes de ir deixou
Um mel sorriso bem pleno
Assim que o relógio soou
Nas xícaras de chá encheu
Dos homens mortos veneno