A espada de dois gumes

A face do ser humano é bem e mal de formas intercaladas,

As bocas estavam cerradas e o aparecimento de alguns desafios,

As horas passavam e mantinha as caras enfaixadas,

O que me dava maior alegria era ver andar na beira dos fios.

Foi designada uma tarefa dificultosa ao velho cavaleiro,

Achar a espada de ouro, afiadas como mão de tesouras,

Queria destruir e raptar a espada de um modo ligeiro,

As orelhas estavam cortadas, então, as vozes moucas.

A espada é linda, com toda a excentricidade da existência,

Manter a paciência é ter o modelo de um artificio,

Para lutar ou ir à guerra era estado de permanência,

A espada foi tirada da água de um orifício.

Achei errada a espada ter duas partes unilaterais,

Uma mais afiada que a outra de forma geral,

Tinha poderes mágicos, efeitos diferenciados e colaterais,

Porém, usar esta arma, poderosa tinha um preço fatal.

Quem usasse esta arma seria escravo da própria espada,

Calaria as suas forças até elas se dissiparem,

Antagonicamente a espada não poderia ser dispensada,

Chegou uma hora em que o mal falou para atentarem.

Morreu em combate e a espada foi partida em pedaços,

O que não faltava e o menor senso de dignidade,

Pois o cavaleiro foi queimado e sobraram seus restos,

Será que chamaria a atenção de alguma divindade.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 30/01/2024
Código do texto: T7988420
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