QUEM VIVE, VIVE DO PASSADO
"Quem vive de passado é museu", mas quem esquece seu passado, esquece a própria identidade, o diploma, o currículo, todos os seus feitos e a experiência que adquiriu.
Sem personalidade são as pessoas que perderam seu passado, pois quem perde a lembrança torna-se ninguém.
Alguém sem passado é alguém que não existiu.
Apenas vidas vazias não têm passado, pois suas vidas não tiveram propósito.
Quem não tem do que se orgulhar, também não tem o que recordar.
Vidas sem propósito não tiveram nada a arquivar, por isto não tem passado.
Quem age mal foge do passado, mas quem age bem constrói seu presente com ele.
Se fosse possível viver só do presente, estaríamos sempre recomeçando, seríamos sempre recém-nascidos e não saberíamos nada.
Devemos viver no presente, mas todos os nossos méritos estão no passado, bem como tudo o que aprendemos, fizemos e construímos.
Quem apaga o passado perde a identidade, a experiência e a habilidade.
No presente não temos nenhuma conquista, pois tudo o que acabei de realizar já está no passado.
No presente não temos nada, a não ser a história que começaremos a escrever agora.
Se esquecermos o passado, não saberemos o que fazer no presente para que o futuro torne-se o momento atual.
A maior tolicie de todas é deixar de viver do passado, pois é com ele que chega-se ao presente, sendo que é ele mesmo que nutre o presente.
O passado é a semeadura e o presente é a colheita. Portanto, no presente colhemos sempre o passado.
Foi o passado que nos trouxe ao momento atual.
O passado é a engrenagem que faz o presente funcionar.
O futuro jamais existiu, não existe e jamais chegaremos lá.
Sempre tenho que ir buscar sabedoria no passado. Como então vou viver só do presente?
Não devemos repetir os erros, mas os acertos são tijolos, fabricados ontem para a construção do amanhã.
O passado é o fio da meada do presente.
Se esquecermos nosso passado, esqueceremos também nossos erros e poderemos facilmente repetí-los.
Quem vive do passado, vive bem, pois sabe usar o que aprendeu. Quem vive no passado está sempre superado.
Wilson do Amaral