Só, não dá!
eu sou só
sozinha no mundo,
de vontade propria,
de destino impróprio.
eu sou parte,
de quem não me faz parte,
as vezes eu me desato,
de mim mesma de fato.
perdi o rumo muitas vezes,
saí sem prumo mesmo sem querer,
queria mais caminhos,
queria mais pistas, não encontrei.
eu sou só,
aqui na minha mente,
ninguem me entende,
ninguem tentou entender.
sou vagueante,
das perguntas sem repostas,
das injustas provocações,
dos caminhos pelos quais passei.
tornei-me andarilha,
de uma busca sem fim,
um fim que se acaba em mim,
um elo infinito de mim mesma.
procurei por todos os cantos,
disseram que as soluções eram comigo,
meu abrigo é desabrigo,
eu me perco por aqui.
nao achei solução nenhuma,
estou tentando me enganar,
nao há como arrancar,
repostas onde a solução não está.