PENSAMENTOS NAS FRIAS MADRUGADAS DO SUL...
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... E a lágrima que escorre em meu sorriso
é porque eu ri demais, oh, meu amigo!...
Ninguém conhece a tragédia que há consigo,
Quanto mais a tragédia que há comigo?
E aqui, na ingenuidade, sem saber,
Não sei me defender: sou presa do inimigo!...
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Virás. Sei que virás, por isto, espero.
Porque te foste sem explicação...
Virás... Porque és ainda um cavalheiro,
E eu inda espero teu pedido de perdão!...
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Como são tristes estes rostos velhos
Que envelhecem antecipadamente...
Envelhecem porque não conhecem
A doçura de um sorriso,
A ternura de um beijo...
São envelhecidos prematuramente
Porque abdicaram do direito de sonhar
E do direito de amar e de lutar...
Preferem sempre o expediente: “Não ousar!”
E, por isso, jamais vão realizar
O que anseiam desesperadamente...
Coitados! Pobres loucos, infelizes...
Cuidam-se tanto de quaisquer deslizes
Que pela vida passam de modo tão cinzento
Que acabam sós, dormindo ao relento,
Em suas camas bordadas de cetim...
E, quando vêem, a vida chega ao fim...
Passaram perto da felicidade
Mas a perderam, por comodidade!
Como deve ser triste, uma vida assim...
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Quero alçar vôo, quero ir mais longe,
Encontrar sentido e não o pré-sentido...
Quero cravar meu olho no horizonte
E ir buscá-lo, mesmo longe, assim...
Quero o difícil, quero o desafio,
Quero a coragem para encorajar!
Quero as mãos postas em oração,
Mas quero ações, para as completar!
Quero pensar nos outros mais que em mim,
Quero perdoar, quero amar, enfim...
E quando eu me for deste mundo errante
Quero que me lembrem como caminhante
E não como sentada em trono de marfim!
Que sangrem mãos, que perca meus pedaços,
Mas que os perca, semeando abraços,
E deixando um rastro de perfume de jasmim!...
Não acertei sempre, sei que tenho errado,
Mas não invalida: muito foi tentado
Para não errar assim...
Quero que me lembrem pela coerência
Da fala unida sempre à vivência...
E como sendo aquela que amou...
Sonhou...
Lutou...
Acreditou...
Perdoou...
Amou...
Até o fim...
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