Psicologia (Enxergando a alma)

Quando me perguntam a que corrente eu pertenço, as pessoas não compreendem ou riem-se, quando eu digo, que a todas e a nenhuma, pois ainda não quero me “cegar”.

Mas creio que estes ainda não compreenderam o que é em si a psicologia, o estudo da alma. Pois é preciso ver, ver o que há e o que houve com aqueles a quem nos dedicamos ou nos dedicaremos. Mas não é o ver com estes olhos nossos, mas ver com os outros sentidos, sentidos que são anulados pela visão.

É preciso sentir o sabor doce e amargo dos anseios e perversões, o odor acre e sedutor das mentiras e verdades, o ríspido toque na sutileza das palavras, para não se perder no estridente e ensurdecedor som do silêncio.

Para apreciar tudo isso em sua completude, será necessário que “feche” meus olhos, para que os outros sentidos se manifestem com maior liberdade, tomando o cuidado de não “arranca-los” como os que se prendem muito a um só corrente. Porem antes eu os faço necessários para enxergar o que mais tarde me possibilitará compreender, mas eu não quero focar em um lugar e esquecer a magnitude de tudo o que me cerca, quero olhar tudo à minha volta e apreender o máximo possível, para quando eu necessitar fechar meus olhos, ter mais coisas que me possibilitem assimilar o que verei.

Por isso eu pertenço a todas as correntes e nenhuma, pois mais importante que um ponto de vista, é saber quão grandioso pode ser a vista de um ponto.

W Nophelim
Enviado por W Nophelim em 02/05/2008
Código do texto: T971849
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.