Psicologia (Enxergando a alma)
Quando me perguntam a que corrente eu pertenço, as pessoas não compreendem ou riem-se, quando eu digo, que a todas e a nenhuma, pois ainda não quero me “cegar”.
Mas creio que estes ainda não compreenderam o que é em si a psicologia, o estudo da alma. Pois é preciso ver, ver o que há e o que houve com aqueles a quem nos dedicamos ou nos dedicaremos. Mas não é o ver com estes olhos nossos, mas ver com os outros sentidos, sentidos que são anulados pela visão.
É preciso sentir o sabor doce e amargo dos anseios e perversões, o odor acre e sedutor das mentiras e verdades, o ríspido toque na sutileza das palavras, para não se perder no estridente e ensurdecedor som do silêncio.
Para apreciar tudo isso em sua completude, será necessário que “feche” meus olhos, para que os outros sentidos se manifestem com maior liberdade, tomando o cuidado de não “arranca-los” como os que se prendem muito a um só corrente. Porem antes eu os faço necessários para enxergar o que mais tarde me possibilitará compreender, mas eu não quero focar em um lugar e esquecer a magnitude de tudo o que me cerca, quero olhar tudo à minha volta e apreender o máximo possível, para quando eu necessitar fechar meus olhos, ter mais coisas que me possibilitem assimilar o que verei.
Por isso eu pertenço a todas as correntes e nenhuma, pois mais importante que um ponto de vista, é saber quão grandioso pode ser a vista de um ponto.