DRAUZIO VARELLA
DRAUZIO VARELLA
O médico contratado da Rede Globo de Televisão, Drauzio Varella, fala sobre um assunto polêmico, controverso e de muitas nuanças que cientistas tentam explicar, mas não conseguiram a atingir seus objetivos. Em artigo publicado na Internet ele afirma o seguinte: Éramos todos negros – “A você que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho um conselho: não seja ridículo”. Queríamos de antemão dizer ao Dr. em epígrafe que ele não é dono da verdade e não têm o direito de soltar o verbo e cognominar todas as pessoas de ridículas. Aliás, citado médico sente-se orgulhoso, portentoso por estar no écran da - Globo. Faz a seguinte conotação em sua matéria: “Até ontem” , éramos todos negros. Você dirá: se gorilas e chimpanzés, nossos parentes mais chegados, também o são, e se os primeiros hominídeos nasceram justamente na África negra há 5 milhões de anos, qual a novidade? A novidade é que não me refiro aos antepassados remotos, do tempo das cavernas (em que medíamos um metro de altura), mas a populações européias e asiáticas com aparência física indistinguível da atual. Trinta anos atrás, quando as técnicas de manipulação do DNA ainda não estavam disponíveis, Luca Cavalli-Sforza, um dos grandes geneticistas do século 20, conduziu um estudo clássico com centenas de grupos étnicos espalhados pelo mundo. Com base nas evidências genéticas encontradas e nos arquivos paleontológicos, Cavalli-Sforza concluiu que nossos avós decidiram emigrar da África para a Europa há meros 100 mil anos.
Como os deslocamentos eram feitos com grande sacrifício, só conseguiram atingir as terras geladas localizadas no norte europeu cerca de 40 mil anos atrás.
A adaptação a um continente com invernos rigorosos teve seu preço. Como o faz desde os primórdios da vida na Terra sempre que as condições ambientais mudam, a foice impiedosa da seleção natural ceifou os mais frágeis. Quem eram eles? Filhos e netos de negros africanos, nômades, caçadores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne animal. Dessas fontes naturais absorviam a vitamina D, elemento essencial para construir ossos fortes, sistema imunológico eficiente e prevenir enfermidades que vão do raquitismo à osteoporose; do câncer, às infecções, ao - diabetes e às complicações cardiovasculares. Há 6.000 anos, quando a agricultura se disseminou pela Europa e fixou as famílias a terra, a dieta se tornou sobretudo vegetariana. De um lado, essa mudança radical tornou-as menos dependentes da imprevisibilidade da caça e da pesca; de outro, ficou mais problemático o acesso às fontes de vitamina D. Para suprir as necessidades de cálcio do esqueleto e garantir a integridade das demais funções da vitamina D, a seleção natural conferiu vantagem evolutiva aos que desenvolveram um mecanismo alternativo para obter esse micronutriente: a síntese na pele mediada pela absorção das radiações ultravioletas da luz do sol. A dificuldade da pele negra de absorver raios ultravioletas e a necessidade de cobrir o corpo para enfrentar o frio deu origem às forças seletivas que privilegiaram a sobrevivência das crianças com menor concentração de melanina na pele. As previsões de Cavalli-Sforza foram confirmadas por estudos científicos recentes.
Na Universidade Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan Pritchard realizaram exames de DNA em 52 grupos de habitantes da Ásia, África, Europa e Américas. Conseguiram dividi-los em cinco grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por desertos extensos, oceanos ou montanhas intransponíveis: os africanos da região abaixo do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáticos que vivem a oeste do Himalaia, os habitantes de Nova Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas. Quando os autores tentaram atribuir identidade genética aos habitantes do sul da Índia, entretanto, verificaram que suas características eram comuns a europeus e a asiáticos, achado compatível com a influência desses povos na região. Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação. No ano passado, foi identificado um gene, SLC24A5, provavelmente responsável pelo aparecimento da pele branca européia. Num estudo publicado na revista "Science", o grupo de Keith Cheng seqüenciou esse gene em europeus, asiáticos, africanos e indígenas do continente americano. Tomando por base o número e a periodicidade das mutações ocorridas, os cálculos iniciais sugeriram que as variantes responsáveis pelo clareamento da pele estabeleceram-se nas populações européias há apenas 18 mil anos. No entanto, como as margens de erro nessas estimativas são apreciáveis, os pesquisadores tomaram a iniciativa de seqüenciar outros genes, localizados em áreas vizinhas do genoma. Esse refinamento técnico permitiu concluir que a pele branca surgiu na Europa, num período que vai de 6.000 a 12 mil anos atrás. A você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo.
Doutor Drauzio Varella - não somos e nem seremos ridículos e nem temos direito de aceitar essa discriminação feita por um estudioso e que se supõe tenha a ética devida para lidar com o ser humano. Em determinadas conotações feita em sua matéria concordamos com o que foi dito, mas que a raça não foi à causadora da mistificação e responsável pela formação de outras raças. Sabemos que a raça negra foi uma das primeiras raças a povoar o orbe terrestre, mas não teve a primazia de ser a única. A história do homem começa a cerca de 6 milhões de anos, quando aconteceu uma bifurcação entre antropóides (ancestral comum de macacos e o homem) e os hominídeos. A mais importante mudança adaptativa foi à postura ereta. O ancestral aceito como mais antigo é o Australopithecus anamensis, de cerca de 4,1 milhões de anos. Ainda está por se descobrir se o Sahelanthropus tchadensis é um hominídeo ou um gorila fóssil. Sua idade é de 6 a 7 milhões de anos! O gênero humano tem a sua história, mas varia de pesquisador a pesquisador, isto por sermos imperfeitos jamais poderemos chegar às mesmas conclusões e sempre existirá um diferencial. Aproveitando um gancho que a Doutrina espírita nos oferece temos a dizer o seguinte: “Em cálculos geológicos, a Terra surgiu há 4,5 bilhões de anos”. De acordo com André Luis, em Evolução em Dois Mundos, há 1,5 bilhões de anos apareceram às primeiras células e só por volta de 200 mil anos nossa espécie teve início. Por fim, os registros mais antigos da civilização datam de apenas 6 mil anos A evolução dos antropóides ao homem não foi linear. Uma grande variedade de espécies foi surgindo e se extinguindo no decorrer de milhões de anos.
Um exemplo são os comedores de vegetais Robustus, com seus grandes molares e fortes músculos. Há 2 milhões de anos, eles conviveram na África com o Homo habilis, primeiro do nosso próprio gênero, o homo. A grande árvore dos hominídeos foi se ramificando, o galho que finalmente sobrou foi a nossa espécie, Homo sapiens, com menos de 200 mil anos. Na Europa, os Neanderthais estiveram lado a lado com os Homo Sapiens até serem extintos há 30 mil anos. Recentemente, a genética literalmente mudou o rumo da história. Dois pesquisadores norte-americanos, Rebecca Cann, antropóloga da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e Alan Wilson, bioquímico da mesma universidade, fizeram uma extraordinária descoberta, publicada num artigo da revista britânica Nature. A partir da análise genética da placenta de mulheres etnicamente diversas foi construída uma árvore genealógica de seus ancestrais comuns. O resultado foi surpreendente. Toda a população da Terra, mais de 6 bilhões de habitantes, descende de um pequeno grupo de negros africanos de140 mil anos - e este período de tempo não é suficiente para estabelecer qualquer alteração biológica ou de inteligência importantes na população humana atual.
A partir do grupo original, os Homo sapiens migraram pelos continentes dando origem às diversas etnias. Por volta de 40 mil anos atrás, eles percorreram grandes distâncias.
Alguns deles caminharam para a China, originando os povos de cor amarela. Outros, segundo Emmanuel, povoaram continentes perdidos como Atlântida e Lemúria (veja quadro na pág. 27), e as Américas. Outra parte migrou para o Oriente Médio, dando origem aos povos de cor branca. As diferenças étnicas e biológicas, geneticamente triviais, estão relacionadas às condições ambientais, os hábitos alimentares e a separação desses grupos por algumas dezenas de milhares de anos. Outros, segundo Emmanuel, povoaram continentes perdidos como Atlântida e Lemúria (veja quadro na pág. 27), e as Américas. Outra parte migrou para o Oriente Médio, dando origem aos povos de cor branca. As diferenças étnicas e biológicas, geneticamente triviais, estão relacionadas às condições ambientais, os hábitos alimentares e a separação desses grupos por algumas dezenas de milhares de anos. Para a ciência atual, vários enigmas estão sem solução. Um deles é o rápido surgimento das civilizações há 6 mil anos. O Homo erectus viveu pelo mundo durante 2 milhões de anos até sua extinção, dez vezes mais tempo que a nossa espécie. Eram caçadores e consumiam muita carne vermelha. Eles cooperavam entre si, comunicava-se por gestos, conheciam os padrões migratórios dos rebanhos. Desenvolveu machadinhas lascando pedras - o interessante é que essas ferramentas foram utilizadas praticamente sem modificações por um milhão de anos -, e nossa própria espécie, Homo sapiens, fez poucas evoluções desde 200 mil até por volta de 10 mil anos. A ciência oficial não tem explicações, mas os textos mediúnicos e as regressões de memória revelam uma causa surpreendente: o salto evolutivo da humanidade foi realizado com a ajuda de espíritos expulsos de um planeta que passava por transformações morais.
A tradição dos primeiros povos e os registros espirituais, como revelou Emmanuel em A Caminho da Luz - obra cujo subtítulo é exatamente A história da civilização à luz do Espiritismo -, localizam esse orbe no sistema da estrela Capela ou Cabra, da constelação de Cocheiro. "Há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século 20. Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade. Aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsiona, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores", esclareceu Emmanuel, no livro acima citado. Queremos reafirmar que sempre existirão idéias controversas entre cientistas e religiosos, mas a Doutrina Espírita tem explicações plausíveis, visto que tudo que aqui está escrito - foram repassados por espíritos superiores aos médiuns da Terra. Há mais de 10 mil anos, a maioria desses milhões de espíritos reencarnou, progressivamente, no grupo humano de cor branca da região que posteriormente seria conhecida como Pérsia - atualmente Irã - até os limites das montanhas do Pamir e do sul da Rússia.
Esse grupo ampliou a agricultura de grãos, criação de animais, construção de casas, difundiu uma diversidade de objetos e ferramentas, a escrita e os cultos religiosos. Além de ciência, filosofia e religião, os exilados de Capela trouxeram terríveis paixões em sua bagagem. A maioria dos capelinos usou seu conhecimento para dominar os povos primitivos, estendendo por milênios esses hábitos derivados do egoísmo e orgulho - causas originais da índole rebelde e do exílio de Capela. Aos poucos eles se dividiram em tribos, respeitando os grupos sociais aos quais pertenciam em Capela. Naturalmente ocorreu uma explosão demográfica, e eles migraram pelos continentes encontrando outros humanos que lá habitavam. As figuras bíblicas de Adão e Eva simbolizam esses acontecimentos, pois quando expulsos do paraíso, povoaram a Terra, momento em que seus descendentes encontraram outros povos. Os espíritos exilados deram origem a quatro principais grupos: as castas da Índia, a civilização do Egito antigo, os arianos dos povos indo-europeus e o povo de Israel, os hebreus. Além disso, povoaram a Suméria (região sul da Mesopotâmia), e alguns reencarnaram na China milenar, entre outras nações. Foram eles os responsáveis por dar um grande impulso no conhecimento para toda humanidade. Poderíamos acrescentar ainda a esse rol os Árias percorrendo a Europa, O Espírito da Índia, A fantástica Civilização do Nilo, e o futuro da humanidade. Aos poucos, os espíritos exilados de Capela e os nativos da Terra promoveram uma miscigenação espiritual. Certamente, alguns sacerdotes brahmins renasceram párias. Já não faz sentido distinguir as pessoas pela cor, ocupação ou condição social. Todos pertencem à humanidade universal. Não basta evolução tecnológica e de instrução, uma civilização só estará completa pelo desenvolvimento moral.
"Vocês acreditam ser mais adiantados pelas suas grandes descobertas, maravilhosas invenções, por morar e se vestir melhor do que os selvagens. Todavia, não podem verdadeiramente se chamarem civilizados senão quando houver banido de sua sociedade os vícios que a desonram e quando viverem como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, serão apenas povos esclarecidos, tendo percorrido somente a primeira fase da civilização", explicaram os Espíritos, em O Livro dos Espíritos. (Alguns ou a maioria dos dados anunciados foram extraídos da Revista Universo Espírita (Publicações Lachâtre) Jesus encarnou na Terra para esclarecer essa verdade, superando os equívocos das primeiras civilizações). O Espiritismo surgiu para retomar as idéias do mestre. A solução parece simples. A chave do progresso individual está na máxima "conhece a ti mesmo"; e os deveres sociais no preceito de amor ao próximo ensinado por Jesus. Depois Kardec explicou que a prática dessa sabedoria se dá pela caridade. É apenas isso. Logo, nosso mundo passará por uma transformação como aquela que ocorreu a 10 mil anos no orbe de Capela. "O coração e o amor têm de caminharem unidos à ciência. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derrubados. (...) A revolução que se apresenta é antes moral do que material", esclareceu o Espírito Fénelon, em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Infelizmente, aquele que insistir em seus defeitos vai continuar sua evolução num outro local. Serão muitos os exilados da Terra! Sua tarefa será estabelecer a civilização num distante planeta primitivo, orbitando uma entre bilhões de estrelas que vemos no céu.
Dr. Drauzio Varella respeitamos seu estudo de pesquisa e seu ponto de vista, mas como todo bem estudioso tem que ouvir outras versões e principalmente por inspirações divinas que sobrepõem às humanas. Resolvemos rebater o seu escrito, só por uma frase má colocada - Éramos todos negros – “A você que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho um conselho: não seja ridículo”. Nós espíritas nunca discriminamos nenhuma raça, pois nos consideramos irmãos de vida material e espiritual.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIR.