Tumultuo!

Quando olho do alto,

Meu processo de vida,

Minha metamorfose se mostra,

Em fim de estagio...

Só me falta secar as asas!

Vejo minha vida,

Como um riacho, que começa,

Em algum lugar secreto,

E serpenteia até algum,

Mar desconhecido.

Riacho que me leva por um canal.

Formado por minha natureza.

Assim me localizo e deslizo,

No meu meio ambiente.

Quando aterrizo na realidade.

Não consigo manter o distanciamento frio dos riachos.

O momento real, tão envolvido com minhas verdades,

Humana, limitada, questionadora.

Meu riacho corre livre,

Minha mente se divide.

Consciente de minha condição,

Preocupada com meus contatos diários,

Diretos que me impedem,

De voar à estratosfera ou mergulhar,

Nas profundezas terrenas do saber total...

Fútil vaidade!

Perco-me nas vertentes do meu rio.

Mais não impeço que corram e desapareçam

Pelas montanhas em pântanos,

Entre e saíam nos labirintos e cavernas,

Meus lugares secretos...

E mais que de repente,

Reapareçam na superfície,

Em corredeiras inesperadas,

Que chamo de versos,

Ou chamo de nada anexo a nada,

Desconexas palavras que escrevo na ânsia de me descobrir!

Observadora
Enviado por Observadora em 06/01/2006
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