Diálogos V
E PERCEBENDO QUE HÁ MUITO EU ESTAVA SOZINHA E PENSATIVA, LOGO APROXIMOU-SE A PERGUNTAR:
- POR QUE ESTÁS ASSIM TÃO CALADA?
- ESTOU TENTANDO ENTENDER O MUNDO.
- ENTENDER O MUNDO? MAS ASSIM, EM SILÊNCIO E SOZINHA?
- SIM. REFIRO-ME AO MUNDO QUE HÁ EM MIM. ESSE QUE ME ACOMPANHA.
- E NÃO CONHECES TEU PRÓPRIO MUNDO?
- NÃO, NÃO CONHEÇO.
- E COMO SENTE-SE COM ISSO?.
- SEMPRE QUE ADENTRO MEU EU É COMO SE ADENTRASSE UM LABIRINTO.
- UM LABIRINTO? E O QUE ENCONTRA NESSE LABIRINTO? COMO SE SENTE DENTRO DELE?
- ESSE LABIRINTO ME SURPREENDE SEMPRE. ORA COM O FRIO, ORA COM O CALOR, ORA COM O PRAZER, ORA COM A DOR. DENTRO DELE SINTO-ME SEDENTA DE CHEGAR AO CENTRO, APOSSAR-ME DO PRÊMIO E VOLTAR VITORIOSA.
- QUE PRÊMIO EXISTIRIA NO LABIRINTO DO SEU EU?
- EU!
- CENTRAS O MUNDO EM TI MESMO?
- SÓ CONSEGUIREI VIVER OU ENTENDER ALGO EXTERNO QUANDO VIVER E ENTENDER QUEM SOU, O QUE SOU. NÃO CONSEGUIREI VIVER OU ENTENDER NADA QUE ESTEJA FORA, SEM PRIMEIRO ENTENDER O QUE HÁ AQUI DENTRO DE MIM.