Proza sobre o vôo da Menina da saia Amarela

- Olha! Olha! Ali, a Menina, de novo, querendo voar, olha!

- Ah, ela vai cair de novo.

- Deixa ela! Só porque ela conversa com as Formigas Azuis festeiras?

- Não, não é por isso! É porque ela odeia suco de manga.

- Amarga!

- Está cinza frio, mas eu gosto dessa música.

- E então, ela conseguiu voar?

- Hum...está sentindo este aroma de Jasmim também? Então acho que sim.

E assim se dava a proza, sobre aquela Menina da saia Amarela,

entre o Seu Coelho, que não podia ficar sem seu Whisk depois do serviço cansativo,

de produtor de rótulos de Água Potável (sem gás),

e que se empolgava em frente ao espelho ouvindo Fred Mercury,

a Andorinha que odiava o verão, sozinha ou acompanhada,

e que era viciada em heroína porque o namorado da terceira

série primária a traiu com uma Tucana, e o vizinho do lado,

marido da dona Filo Sofia, que é um ex Budista, e que tinham

a casa de frente pra casa da família das Formigas Azuis, que

tanto davam festas às terças-feira, antes delas se mudarem pra

rua dos Cavalos Marinhos que vendem sorvete na porta daquela escola.

Prozeavam fumando seus Charutos Cubanos - com aroma de banana flambada

com açúcar mascavo e um pouco de pimenta vermelha - em uma noite de Outono marrom acizentado,

ouvindo The Doors,na sacada da Filo Sofia, enquanto a Lua, que era Nova,

piscava pra Úrsula Maior quando o vento vinha do Leste.

Doce Deleite
Enviado por Doce Deleite em 18/04/2008
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