Proza sobre o vôo da Menina da saia Amarela
- Olha! Olha! Ali, a Menina, de novo, querendo voar, olha!
- Ah, ela vai cair de novo.
- Deixa ela! Só porque ela conversa com as Formigas Azuis festeiras?
- Não, não é por isso! É porque ela odeia suco de manga.
- Amarga!
- Está cinza frio, mas eu gosto dessa música.
- E então, ela conseguiu voar?
- Hum...está sentindo este aroma de Jasmim também? Então acho que sim.
E assim se dava a proza, sobre aquela Menina da saia Amarela,
entre o Seu Coelho, que não podia ficar sem seu Whisk depois do serviço cansativo,
de produtor de rótulos de Água Potável (sem gás),
e que se empolgava em frente ao espelho ouvindo Fred Mercury,
a Andorinha que odiava o verão, sozinha ou acompanhada,
e que era viciada em heroína porque o namorado da terceira
série primária a traiu com uma Tucana, e o vizinho do lado,
marido da dona Filo Sofia, que é um ex Budista, e que tinham
a casa de frente pra casa da família das Formigas Azuis, que
tanto davam festas às terças-feira, antes delas se mudarem pra
rua dos Cavalos Marinhos que vendem sorvete na porta daquela escola.
Prozeavam fumando seus Charutos Cubanos - com aroma de banana flambada
com açúcar mascavo e um pouco de pimenta vermelha - em uma noite de Outono marrom acizentado,
ouvindo The Doors,na sacada da Filo Sofia, enquanto a Lua, que era Nova,
piscava pra Úrsula Maior quando o vento vinha do Leste.