VIDA, ACIDEZ CORROSIVA
VIDA, ACIDEZ CORROSIVA
No Corrosivo ácido da vida
Minha alma se corrói e desmancha
Se dilui em fluídos alquímicos
Transmutados em eternidade
Que a própria vida eterna não alcança
Na densa noite a morte espreita
E alerta os corações desalmados
Inflamados de mentiras, descrença
Em breu a alma se pinta
Em enxofre a alma se alimenta
E lamenta sangrenta batalha
De sentimentos controversos de versos vãos
Vida, acidez corrosiva
Destrói a concretude de quem diz que é
Mostra tua cruel realidade a quem ainda quer ser
Desmascara a face oculta da ironia
Espezinha o sol, esconde o dia
Não deixe que ele venha pois a alma não merece
Não merece perdão.
O corpo padece
A alma se solta e tenta livre continuar
Mas o peso do pecado a prende ao chão
O peso das ações insanas de uma mente louca
Cruel, desalmada...nunca amada
Ceifa vidas...ceifa anjos...crueldade
Deixa meu coração gritar a revolta que sente
Em palavras desconexas que nem eu mesmo entendo
Pois a dor na alma é tão grande que não quero entender
Pra também não enlouquecer
Quero crer...ainda quero sentir que há esperança
Por favor me dê esperança...me mostre onde encontrá-la
Pois meu coração descrente, quer se fechar em circulo
Não permitindo nenhuma abertura
Pra que nenhum outro sentimento entre
Neste meu momento de desilusão
Mas de uma lucidez tão visível que chega a dor
Não quero compreender. pelo contrário
Desejaria neste momento ser um ser sem inteligência
Sem sentimento pra não sofrer a dor que minha alma sente
Desejaria não entender
Desejaria não ter alma
Desejaria não desejar
Não ter nada...
Vitória/ES - Em 16/04/08 -