O Sal, o Remo e as Águas
Delinear fronteiras e atingir metas,
Eu queria poder chegar até a praia,
E construir castelos,
Tudo parecia tão simples...
Nós corremos contra o tempo,
Mas ele nos persegue,
E nos pede para não termos pressa,
Nosso suor tem que ser derramado...
E o sal?
Uma realidade amarga,
Para homens destemidos,
Em um labirinto sem portas...
Até quando esperar,
Que nos abram caminhos sobre as ondas?
E por entre mares revoltos,
Permaneçamos em nossos barcos...
Com pelo menos alguém prá remar,
E sem qualquer naufrágio,
Cheguemos em terrra...
Aqui tudo parecia ser frio,
Águas inquietas, um imenso vazio,
Mas num Vôo intrépido e rasante,
Uma belíssima ave se aproximou de mim...
As águas batiam em suas asas,
E logo o vento às secava,
Lentamente,
Para um vôo sempre mais alto...
Mas é uma pena,
Preferimos extrair pérolas no fundo do mar,
Que plantar rosas em nosso jardim...