ECO DA ALMA
O que escrevo é um monumento
Erguido das ruínas do eco da alma
Distinguindo uma epopeia de sentimentos
Elevados acima de uma verdade fundida
Num querer a fogo de emoções
Que se escondem numa fusão de euforia
É um miolo de letras que estruturam palavras
Sob o efeito impulsivo que narra coragem
Num fundo continuo submetido de calma
Em frases que dominam textos encrespados
Por contextos que são diques da razão
Reagindo sem bajular abundância
Na pagina de um planalto em branco
Seco e empoeirado em crusta de raiva
Erguendo um esqueleto degradado de silêncio
Irradiando ventos estivais que sopram desconfiança
Varrendo dunas de desabafo que se crispam
Em garras afiadas pelo destino sem tino