No inferno
Estou sozinho.
Minto! Há também os meus demônios...
Eu e meus demônios, juntos no frenesi da dança, sangrando loucuras, cuspindo fúria. Eu e meus demônios, meus bons companheiros vis, que me atiram ao fogo do Inferno e lançam minha mente ao delírio.
Ah, que dor! Não cessa mais. Minha alma não se cala, geme de pavor e meu corpo, tão inocente, estremece em resposta ao medo. De quê? Da tormenta que me cerca, do ódio fora de controle, dos lamentos, das saudades e até mesmo da paz.
Talvez eu consiga fingir um sorriso, um pequeno sorriso. Assim posso registrar esse momento feliz. Raro momento feliz, e falso, porém feliz.