A tinta da pena havia se acabado
por um breve...Longo tempo tudo se acabou
não sei se por pirraça ou desalento
acabava-se também o contentamento
Do meu reinado sobre o meu eu...Só meu
de um reino que nunca existiu
mas coexistia com a razão e o coração
no parque infinito da ilusão...Solidão!
Não!!!
Não escrevia mais versos
pois neles forasteiro de mim mesmo
eu via no imensurável “Ser” da poesia
a minha felicidade que jazia
Nesta mistura louca da razão
querendo se tornar sentimento de esmero
num sonho lindo...Um segredo do coração
no eterno pesadelo do meu “Ser”___ desespero.
Porque perderia tempo, eu, escrevendo?
Onde nem eu mesmo me encontrava, mas me via
escrevendo fantasias e...
Deparando-me comigo mesmo.
Reles “Ser” passando por um domínio
sem domínio nenhum palpável
nem próprio e nem de ninguém
um “ser” sozinho sem ser alguém!!!
Sim!!!
Neguei-me a escrever, pois sim...
Não por falta de vontade
mas por falta de coragem
de me perder...Nesta viajem
Questionei o meu “EU”
O que foi feito do que era de meu?
Estava tudo tão claro e foi assim
nunca encontrava o velho nem o novo de mim
Medíocre sombra pairava, eu, sobre a vida
onde na vida o meu “Eu” não fazia diferença
e a vida importava tanto...Uma consorte
Eu caminhava sozinho e lento para a morte.
Eis que hoje mesmo sem reino
volto a reinar com as letras
com as minhas letras onde me vejo
encantado reinado de mim mesmo
Este “Mesmo”___ Eu___ iluminado na escuridão
ciente do nada sou..._____Eu___sozinho
Poesia um caminho...
Atônito...
Eu perdido estava no reverso dos versos
onde ora na poesia...
Eu volto e me reencontro.
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