Por favor!...
Jane, apesar de ter apenas oito anos, sempre observava,
o desenrolar dos fatos que acontecia em sua casa,
as necessidades ali eram urgentes, ela sempre enxergava,
e nos seus pensamentos infantis, dizia:
Hoje, quando vi papai sair, notei que estava triste,
falou pra mamãe que ia tentar novamente,
dizia que estava cansado, de procurar o emprego
voltando da rua ainda triste, mas dizia que ia sempre avante.
Nas historinhas que escutava, em casa ou até na escola,
era que o Brasil, sua terra tão amada, e até mesmo invejada
por causa da sua grandeza, não só no tamanho, mas também das riquezas,
ela sai do seu monólogo e indaga à sua mãe:
--- então porque nós temos tão pouco, nesta terra que tem tanto?
---Ah, filhinha querida, nós ainda temos o suficiente,
mas existe muitos lares, que não têm nada e que até passam fome,
--- mas, porque, e as riquezas do nosso Brasil?
Indaga pequena economista, espantada,
--- filha, ainda tenho esperança, mesmo quando eu e seu pai, não existir mais,
você já adulta, com sua família formada,
desfrutar de uma justa distribuição de riquezas,
neste país tão rico, principalmente em riquezas naturais,
riquezas que transformadas, poderão ajudar milhões dos irmãos brasileiros,
que cada governante, contribua para estes irmãos viverem dignamente,
--- aí terá mais emprego não é mãe?
---Sim, filha, e meninas iguais a você não verão seus pais tristes, sem trabalhos,
quer dizer, assim espero, essa dúvida, a mãe não fala, mas pensa,
e mentalmente surge a incerteza, e se as riquezas continuarem a serem lapidadas,
no futuro, aumentassem de maneira assombrosa o desamparo ao nosso povo,
os empregos especiais ficassem só para poucos escolhidos,
enfim, a miséria alastrasse de tal maneira dando motivo de revoltas incontroláveis,
este nosso povo bom, cansado das injustiças, transformarem em anarquistas,
então ela faz o apelo mentalmente, como se ele voasse na direção certa:
--- por favor, senhor Presidente, por favor, políticos do meu Brasil,
não deixem isto acontecer, pois se vocês arrumarem só suas casas,
seus descendentes, possuirão posses, cultura, mas felicidade não,
pois viverão, ou se estiverem longe verão seu povo no grande infortúnio!...