Uma beleza chamada mulher II

Idealizei a mulher em meus pensamentos. Construí a delicadeza perfeita em meus sentimentos. Montei um nariz perfeito num rosto lindo de olhos azuis. Colori as faces com o mais atrativo rosado que encontrei. Perfumei-lhe a nuca e os ombros. Vesti-a com o tecido mais rico que pude encontrar.

Depois de tudo isso esqueci-me de tira-la de minha mente.

Agora apaixonado pela minha criação, sou prisioneiro e carcereiro de mim mesmo, por alguém que existe apenas em meus sonhos.

Aviso:

Perdeu-se mulher de fino trato, perfumada em odores franceses, adornada em mais ricos tecidos. Paga-se bem qualquer informação de seu paradeiro. Não é perigosa e está desarmada.