Por que, Lord, tudo precisa de um sentido?

Inconsciente aberto na imensidão da fumaça balsâmica ao infinito.

Presa nos sonhos me torno presa fácil da ilusão.

Me prendo quando quero, me liberto quando me convém.

Escorre a realidade que se embaraça nos sonhos se tornando só um mundo, real e ilusão são razão e sentir.

Quero a vida na raíz de um samba, na sedução de um blues, na sexualidade de um jazz, na intensidade de um rock, no pulsar de um maracatu, na magia de um terrero, na fome da sonoridade desconhecida e efêmera.

Observando quem jamais saberá que é observado, me vejo perdida num lugar que não sei o que significa.

Estradas tortas me levam pra dentro de uma mata verde. Tudo é verde.

E eu um seiláoque.

Doce Deleite
Enviado por Doce Deleite em 01/04/2008
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