Domínios

Seria bom acreditarmos,

Que os lados de uma moeda,

Apresentam sempre a mesma face,

Mas quando a vida nos separa,

A vontade de ser, não responde pela vontade de estar...

E os dois se confundem...

Como se o vento soprasse dos dois lados,

E mesmo profundo,

Não conseguisse durar muito...

É como se toda a cidade,

Colhesse rosas,

De sementes ainda não plantadas,

De um jardim ainda esquecido...

Apreciem quanto veneno,

Até a própria serpente se matou,

Enquanto seus olhos miravam a presa,

O seu próprio ninho desabou...

E a estória foi além,

Quando alguém me falou,

Que a rosa do Cairo,

Esqueceu a de Hiroshima...

Minha última lembrança,

Foi minha primeira e única certeza,

O amor não tem faces,

Ele está presente em tudo...

Tente você mesmo jogar a moeda,

E esqueça os seus lados,

Transceda a sua visão,

Além dos seus domínios...