Última Ceia

Seria eu responsável pelas dores de quem mesmo se declina?

A dor é o produto do óbvio,

Pode-se recusar a estrada, mas nunca o destino...

As verdes plantações também secam,

E o resultado do plantio sempre será a colheita...

Enquanto estivermos fantasiados em nossos próprios cofres selados,

Poderemos imaginar flores, mas nunca sentiremos seus aromas....

A vida é uma arte perecível, mas dinâmica...

Nem sempre todos os seus sons encantam.

Na ânsia de grandes tesouros, perdemos o sentido das mais valiosas coisas,

E no encontro dos méritos, presenciamos a distância e a perda,

Das nossas mais valiosas riquezas,

Àquelas que jamais se estreitam, se perdem...

Enquanto valorizamos o berço, esquecemos sonhos, sentimentos,

Bens que a matéria não define e nem rateia...

Valorizemos a vida, como se ela fosse a nossa última ceia...