Prisioneiro de concreto

Em cada janela nos apartamentos, brilha a luz fria e muda de um televisor.

Lá em baixo, todos parecem formigas e não importa, estão indo para lugar algum para fazer coisas que não tem importância. Não para mim.

Nada realmente importa sob esse teto de concreto frio.

Não existem relógios, tampouco calendários que possam contar o tempo incontável.

Nada realmente importa por trás destas barras de metal frio.

O som dos gritos se chocam de encontro à essas paredes de concreto frio e retornam vibrando e dilacerando este corpo de carne fria.