Eixos paradigmático/sintagmático

Por mera falta de controle, falta de esmero, chamei o acima de resenha. Sentei-me à mesa às 8h e lá pelas 10h (duas horas depois) estava pronta. Imprimi e entreguei ao professor. É obvio que está incompleta, é evidente que está ‘matada’. Mas, de que maneira poderia ter sido diferente? Após a aula, conclui que não fui tão irresponsável quanto me parecia antes.

Intertextualidade e Polifonia são as duas palavras que não se conseguem definir. Os dicionários lhes dão significados medíocres e quando se entra na lingüística, o bicho pega. Pelo menos no Latu Sensu, para nós alunos, permaneceram incógnitas; gerou acalorada discussão e se apelou para Sócrates, Platão, etc. A ‘bruxa’ da lingüística brasileira deu uma de tucano e permaneceu em cima do muro.

Sem norte, os meros mortais engalfinhavam-se e um basta foi imposto por uma aluna furiosa, cujos neurônios entravam em curto-circuito.

Confesso que fiquei decepcionado ante a constatação de que não sou o criador dos meus contos, nem dos meus romances, nem dos meus pensares... Apenas usei os símbolos lingüísticos e os organizei à minha maneira. Pois, a comunicação humana é real, o resto é ilusório... O código humano é eterno: não teve inicio, nem terá fim... O homem é finito, efêmero e apenas faz uso do código para expressar aquilo que imagina ser seu interior. Nada se cria, tudo se modifica e torna-se outra coisa. Somos apenas manipuladores do eixo paradigmático na formação, organização, do eixo sintagmático. Apenas isto! Não criamos nada, não inventamos: nem eu, nem você, nem Rui Barbosa, nem José de Alencar. Somos apenas agentes do código lingüístico que é soberano.

Que coisa maluca... Qual é minha nota?