Encontro com ela

E no quarto rústico em que me encontrará naquela velha casa da floresta, era entre aquelas paredes que eu adicionará um pouco do 'cheiro' da minha dor.

Dor talvez inacessível a quaisquer entendimentos, fugindo de mim e de toda uma lógica tão nítida e fácil que todos aparentam nas ruas comuns, em simplesmente como dizem ser.

Mas a cada respirar, a cada aspirar, sinto mais difícil a e mais forte a dor de viver, perante mundo caótico? Não! É o que sou a metamorfose que estou sendo, essa constante mutação que me ataca, me delira, talvez eu esteja buscando demais em pouco que tenhamos, por ser, sermos assim, tão limitados, quando não deveríamos ser, isso me magoa, tira minha razão de ser, e faz-me esperançosa perante o que sou, cansei de olhar demais a minha volta, perdida em devaneios mil sobre o pouco que posso fazer, mas já sinto que olhar para mim mesma, talvez seja pior talvez o mundo aqui ou ali fora, esteja melhor do que aqui dentro de mim e é exatamente por isto que estamos tão decadentes fugindo de nós mesmos, escondendo-nos uns atrás dos outros, tentando ser melhor, e sendo piores fugindo infelizmente no ato da hipocrisia.

Eu que sou tão peculiar em tudo, ao dizer de mim, do eu, do que sou simplesmente perante a mim mesma, tremo, e fico perplexa ao descobrir quão diferente sou do contexto. Sentindo em meus modos instáveis tão mutáveis uma decepção e uma felicitação perante o que sou.

As lágrimas que derramo são a depressão dos meus sentidos, que amam! E também dos que não amam.

E as paredes derramavam o que eu transpassava a elas, meus dilemas paupérrimos, chiáveis, insuportáveis.

Mas era naquele quarto e somente ali que me encontrara completamente só e plena numa certeza do que era eu e na certeza do que sou as fiz chorar, junto a mim que estava mais perdida que só na verdade.

Tantas conotações erradas, se há algum preceito de certo ou errado somos nós próprios em nossos intimos conceitos que devemos estipular. Sim um literal deletério e foi assim que fiz as paredes quase que sumirem aos prantos junto a mim.

E o chão, mas que chão?

Oh eu teria de fugir dali? Esconder-me na cabana mais próxima?

Ou prosseguir num momento de êxtase da minha única realidade?

Prossegui! Com temor e tremores no deleite de mim.

Tasartir
Enviado por Tasartir em 02/03/2008
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