Abandono
Ah! Por quantos abandonos já passei.
Mesmo assim meu coração não aprende,
Mesmo chorando pelo sofrimento do abandono,
Ainda assim quer em si o amor presente.
Vivenciou muitos momentos de angustia,
Padeceu a amargura de ser colocado à margem,
Abandonado que foi por tantas vezes,
Ainda têm o coração de outrem em bela imagem.
Precisa esquecer... sobreviver,
Fechar as feridas abertas pela dor,
Dor do abandono que restou,
Do abandono de um grande amor.
O abandono de um coração ausente,
Abandono que meu espírito sente,
Quem sabe... na misericórdia divina,
Este coração pare de bater de repente.
Na dor desse abandono pergunto:
- Paixão ardente onde estás? E as juras de eterna devoção?
Acaba-se neste triste abandono?
Ou foram promessas de vil emoção?
Ah! abandono que me destrói,
Que consome toda a alegria do meu viver,
Preciso me libertar desse vazio que ficou,
Mesmo que a saudades seja meu eterno padecer!